Felicidade, os cinco ladrões

Por Cintia Hoffmann em


Alegria e felicidade são aspectos naturais de cada ser humano mas só que muitas vezes nos deparamos com verdadeiros ladrões dessa felicidade. Essa felicidade não está em coisas que se pode adquirir. Mas está dentro de cada um de nós, então vamos falar sobre os “cinco ladrões da felicidade”  

A felicidade está à disposição

A cultura moderna parece obcecada em encontrar as chaves para atingir e manter a felicidade e muitas vezes a gente tem uma crença de que se deve trabalhar demais para adquirir a felicidade o acaba tornando o problema ainda pior.

A maioria das pessoas acredita que vai ser feliz em certos momentos da sua vida:

Quando eu:

  • me casar vou ser feliz
  • me formar
  • tiver um emprego vou ser feliz
  • me aposentar, e por aí vai…

Ou seja, a felicidade é condicionada aos eventos eu acontecem na vida. Algumas outras pessoas, apesar das dificuldades presentes, permanecem felizes, enquanto outras são infelizes apesar das inúmeras bênçãos alcançadas.

Assista este vídeo “Em busca de sentido

Como alcançar a felicidade

Para alcançar a felicidade verdadeira e o “contentamento” de longo prazo, desligue o seu sentido de “felicidade orientada pelos acontecimentos”. A felicidade pode permanecer, nos altos e baixos da vida pois a sociedade condiciona as pessoas a acreditarem que ser feliz é difícil mas a felicidade é facilmente acessível. Por exemplo, estar em contato com a natureza pode te acalmar, se você estiver disposto a vivenciar o momento presente e contemplar as coisas ao seu redor e a serenidade que a natureza transmite.

Para saber mais sobre “Atenção Plena”, assista:

Os ladrões

Ao olhar para o mundo através dos “padrões de pensamento e filtros internos” distorcidos, você vai abrir as portas para que os “cinco ladrões da felicidade” roubem a sua alegria e esses ladrões da felicidade são:

  1. Controle
  2. Vaidade
  3. Cobiça
  4. Consumismo e,
  5. Acomodação

Eles tornam você incapaz de ver a realidade como ela realmente é, e ainda, pesquisas científicas sugerem que as pessoas conseguiram dominar a Terra por meio da sua capacidade de cooperar uns com os outros, por outro lado, as tendências competitivas resultaram em conflitos e guerras.

Vou falar pra vocês agora sobre cada um desses ladrões:

1º Primeiro ladrão: Controle

O desejo das pessoas de controlarem as coisas incontroláveis destrói a sua felicidade e a sua paz. E todos nós passamos por situações difíceis na vida. Enquanto ficamos presos e relutantes ao que nos acontece, perguntando porquê disso, porquê daquilo, o sofrimento se instala.

Você pode controlar as suas ações e a forma como reage aos eventos, mas você se torna impotente diante dos eventos em si ou do resultado de suas ações. Perceba, que objetivos e desejos não são obstáculos para a felicidade. O problema ocorre quando se antecipa um resultado que acaba não se materializando. Então você experimenta grande decepção e infelicidade. Por vezes, o resultado que você procura acaba sendo menos gratificante do que o esforço para o alcançar.

Controlar o tempo

Muitas pessoas tentam controlar o passado e o futuro, sem sucesso, é claro. E lamentar o que aconteceu no passado e se preocupar com o futuro impede você de viver no presente. Estar presente, “no momento” significa aceitar as coisas como elas são – mesmo que a busca pelo controle leve você a acreditar que pode gerenciar os resultados da vida.

Isto “não” significa cair em um estado de passividade em não tentar influenciar o curso da sua vida. Isso significa que o resultado pode não ser o que você espera ou planeja pois o controle é muitas vezes um fator crítico nas relações. Por exemplo, se você pedir desculpas por deixar alguém com raiva, você espera que a pessoa ofereça uma resposta que vai fazer você se sentir melhor. Mas você não tem controle sobre as reações da outra pessoa, tudo o que você pode controlar é a sinceridade das suas desculpas. A “entrega” é o oposto do controle. Se você estiver planejando sair para passear num parque, mas a previsão do tempo for instável, esteja preparado para se molhar. Já que a sua felicidade depende de passear no parque naquele dia, esteja preparando para se decepcionar.

E com relação a este ladrão, você é o responsável por expulsá-lo da sua casa, assim como todos os outros ladrões. Você decide quem é bem-vindo e quem não é. Só que você não pode impedir que lhe venham pensamentos aleatórios, mas você pode guiar eles para que sigam uma direção diferente.

2º Segundo ladrão: Vaidade

Este bandido gosta de inflar o seu ego e fazer você se sentir como a pessoa mais importante do mundo. Pois, a vaidade quer que você esqueça os seus companheiros seres humanos e se concentre apenas nas suas necessidades, vontades e desejos. Mas a felicidade não reside em atividades exclusivamente individuais, o mundo não gira ao seu redor e os atos de bondade, de partilha são fontes de felicidade muito maiores do que os comportamentos autocentrados. Assim como os demais ladrões, a vaidade utiliza um disfarce convincente. Ela tenta convencer você de que sua felicidade é tudo que importa. E por isso, é possível perceber que este ladrão está tentando isolar você de tudo e de todos ao seu redor. Reconheça a sua presença, mas não se deixe enganar,

A vaidade tem um efeito negativo sobre a sociedade e muitas vezes as pessoas acreditam que o mundo existe unicamente para o seu benefício próprio.

Nosso papel

Os seres humanos têm um papel único na natureza, mas eles ainda necessitam da mesma comida, ar e água que milhões de outras criaturas. Cada indivíduo vivo tem uma história e um propósito, então, para banir a vaidade, coloque-se a serviço dos outros, envolva-se em objetivos maiores do que você mesmo.

3º Terceiro ladrão: Cobiça

Não é necessariamente errado ou destrutivo desejar as coisas que você ainda não possui. Mas, “cobiçar” significa que você está com inveja de outras pessoas e carrega o ressentimento de não ser tão rico, bonito ou socialmente notável como elas. A inveja promove um grande descontentamento e uma agitação interna porque os sentimentos invejosos, determinam a sua autoestima em comparação com as outras pessoas. Em vez de se sentir feliz por suas conquistas, você vive decepcionado, com ciúmes e com amargura. Trabalhar isso em você vai permitir que você se sinta feliz pelos outros em vez de ficar se comparando sempre com essas pessoas.

Gratidão

As pessoas que praticam gratidão – o oposto da cobiça – são mais felizes, mais saudáveis, mais amáveis, mais sociáveis, mais compassivas e menos irritadas. Há estudos que comprovam que as pessoas gratas possuem sistemas imunológicos mais fortes.

As mídias sociais

As redes sociais ao mesmo tempo que nos trazem entretenimento, podem trazer esse efeito comparativo da vida das outras pessoas com a nossa. Sabe, você ficar olhando as façanhas dos outros, quantos amigos, seguidores e quantas curtidas eles tem pode fazer com que você ache que sua vida é inferior. No entanto, o envolvimento com as mídias sociais tem um efeito positivo também. Para explicar esta bagunça, analise a forma como as pessoas se comportam nas redes sociais. A interação ativa – postagem e envio de mensagens, por exemplo – aumenta a conexão social e diminui a solidão. O consumo passivo de conteúdo, no entanto, afeta negativamente o seu senso de conexão e aumenta a sua solidão. Ou seja, apenas navegar na vida das outras pessoas cria a inveja. E, participar da vida ao lado de outras pessoas gera felicidade.

Estar ciente da presença de um ladrão é crucial para o expulsar. Você não pode impedir um ladrão de entrar na sua mente, mas você pode impedi-lo de influenciar à sua maneira de ser. Mas, se você vive fazendo comparações, “PARE AGORA”. Procure expressar gratidão por quem você é, e pelo que você tem. E fique feliz com o sucesso dos outros.

4º Quarto ladrão: Consumismo

Esse ladrão está sempre lhe dizendo que você vai ser feliz apenas “se” e “quando” comprar “aquilo”. A mensagem errada é que a felicidade vem de meios externos, e que você consegue ser feliz quando ganha ou compra alguma coisa. Na verdade, você não precisa adquirir nada para ser feliz. A felicidade é uma escolha! Sim, é sempre possível optar pelo contentamento quando a felicidade não estiver ao alcance. “Contentamento” significa viver o momento e aceitar as coisas como são, significa encontrar a paz e decidir não ser infeliz.

Posso comprar a felicidade

Os consumidores acreditam que podem comprar a felicidade, seja uma Coca-Cola, uma fatia de torta, uma bolsa, um amor ou um carro novo. O ladrão do consumo insiste em dizer que você vai ser feliz quando os outros amarem você. E o “ter” se sobrepõe ao “ser”. Ser uma pessoa amorosa e tratar os outros com amor não requer nenhuma ajuda externa. Um clima agradável torna as suas férias mais aprazíveis, mas tomar a decisão de ficar infeliz com a chuva é apenas uma escolha. Estar em um bom relacionamento pode ser motivo de alegria. Mas você não precisa estar em um relacionamento para ser feliz.

Emoções humanas como tristeza e luto representam oportunidades valiosas de se escolher optar pelo contentamento.

A sociedade reforça constantemente a noção de que as posses pessoais e experiências variadas são referência para a definição de felicidade. Em vez de adquirir coisas, algumas pessoas gostam de viajar. Apesar do fato de que desfrutar de coisas boas não é necessariamente mau, o ladrão do consumo insiste que a “boa vida” é resultado das aquisições externas.

Procure, portanto, compreender e absorver a verdade entendendo que a felicidade e o contentamento vêm de dentro. Da próxima vez que enfrentar uma tentação externa, pergunte-se se isso vai realmente fazer você feliz e se esta coisa é absolutamente necessária. Agindo assim você vai encontrar respostas viáveis para a pergunta que não quer calar:

é possível a sociedade conceber um sistema no qual o consumismo não seja o único motivador da felicidade?

5º Quinto ladrão: Acomodação

Se você está seguindo a mesma rotina, sem objetivos e perspectivas futuras, então você entende como esse ladrão funciona. A acomodação quer que você se sinta satisfeito com a situação atual da sua vida, não importando as suas limitações. Neste ponto você já sabe, consciente e inconscientemente, que a mudança estimula e desafia o cérebro. Ao mesmo tempo, você – como a grande maioria das pessoas – encontra grande conforto na rotina. Ela permite que você funcione no piloto automático, mas, infelizmente, padrões comportamentais enraizados podem manter a sua mente presa ao cotidiano, impedindo você de descobrir a verdadeira alegria e felicidade. A rotina pode parecer familiar e reconfortante, mas é tóxica em diversos aspectos.

O medo

Em muitos casos, as pessoas se apegam a velhos comportamentos que no passado as ajudaram a lidar com os desafios emocionais e físicos. A acomodação as tenta convencer de que a mudança não é segura e trará consequências negativas. Por exemplo, a resolução de conflitos pode assustar você, porque você foi criado em uma família que evitava discussões e confronto. Talvez você esteja fugindo de um conflito quando bastaria um pequeno esforço para obter uma resolução positiva para você. Ou talvez você hesite em tentar algo novo por medo do fracasso. À primeira vista este parece ser o caminho mais seguro e confortável, porém o risco associado a uma nova rotina pode ser um fator motivador significativo.

Lembre-se: o ladrão da acomodação quer manter você confinado a pensamentos e ações destrutivas. Combata este ladrão, fazendo as coisas de maneira diferente. Tenha em mente que a mudança pode ser sim muito boa para você! É o poder da mentalidade positiva (Mindset)

Te recomendo assistir a este vídeo aqui:

Identificar, Parar e Substituir

Para você tirar esses ladrões da sua vida, siga três passos:

  1. Identifique – Esteja ciente da presença de um ladrão, pegue-o em flagrante.
  2. Pare – Não permita que o ladrão domine os seus pensamentos, mande-o embora, diga não.
  3. Substitua – Reponha o pensamento negativo por um pensamento positivo, concentre-se no momento presente.

Utilizar efetivamente estes passos dá trabalho, mas todas as vezes que você acreditar que a sua felicidade depende de um resultado específico, reflita sobre isso. Em vez de culpar um engarrafamento por arruinar a sua viagem, entenda que a situação está totalmente fora do seu controle e exercite a sua mente para aceitar a situação.

Para você saber mais sobre o assunto, te recomendo este livro aqui:

Os 5 Ladrões da Felicidade Um guia para a felicidade duradoura


Cintia Hoffmann

Sou uma alma humana que encontrei no exercício da Psicóloga meu encanto. Meu propósito é ajudar pessoas a se ajudar! Trabalho com a Terapia Cognitivo Comportamental, que entende que o ser humano é afetado pela forma que ele interpreta os acontecimentos e não os acontecimentos em si. Ou seja: é a forma como cada pessoa vê, sente e pensa com relação à uma situação que causa desconforto, dor, incômodo, tristeza ou qualquer outra sensação negativa. Também possuo pós-graduação em Orientação Profissional, MBA e Mestrado em Gestão de Pessoas. Possuo certificação em Coach e em PNL. Além da área clínica, sou docente de psicologia em cursos de graduação e de pós-graduação.

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